quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Carnaval chegando!


É engraçado como as coisas mudam e nós também mudamos... No meu caso, estou mais que convencida que a mudanças sempre fizeram parte. Minha mãe conta que quando eu era criança, ela sempre me levava aos bailes de carnaval infantil (ela sempre gostou de carnaval, apesar de hoje em dia negar) e eu sempre ia empolgada... Me fantasiava e tal, mas minha empolgação só durava 5 minutos e logo eu já queria voltar pra casa. O tempo passou e durante muitos anos, eu não gostei de carnaval. A veia rock'n roll era muito mais pesada e a minha adolescência grunge não me deu espaço para curtir essa festa popular. Depois dos 23/24 anos, já adulta, passei a gostar de ir aos blocos, comprar perucas e acessórios para ir aos blocos... Até um desfile de escola de samba cheguei a ir! Nos dias de hoje, ainda gosto, mas não tenho mais muita paciência para aguentar o povo bêbado e os lugares lotados!

Nesse carnaval, pretendo meditar! Parar para organizar algumas coisas e para de pensar em outras... Espero que não passe nenhum bloco por mim durante esse "retiro", pq aí é pedir demais para eu ver, ouvir e não ir atrás! =)

Aproveitem o carnaval com responsabilidade! Cuidado com o álcool, com o sol e hidratem-se! Sobre o uso da camisinha... Eu acho melhor que usem sempre e não só no carnaval, como dizem por aí!

"O pierrot apaixonado chora pelo amor da cooooooooolombinaaaaaaaaa... E a sua sina é chorar a ilusão em vão...em vão!"
Los Hermanos 

Beijos,
Mary Jane

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Um conto sobre um beijo vazio



Cristiano sempre foi um cara tranquilo em relação a ficar por ficar, sempre gostou de namorar, de cuidar de quem estava e a fidelidade é um marco em sua vida. A única vez que saiu da linha, foi em uma despedida de um namoro, um revival depois de um namoro que acabou meio sem sentido... E mesmo assim sentiu-se culpado por isso, tanto que guarda o segredo com ele debaixo de 7 chaves!
Desde que terminou o seu último namoro, estava completamente sozinho e as criticas e perguntas o rondavam sempre que estava com seus amigos:
- Cara, como você consegue? Quer virar padre depois de velho? Um monte de garotas interessantes aí e você sozinho?
- Você não entende... Eu não quero ficar só pra vir aqui contar isso para vocês! Quero uma coisa de verdade, mesmo que seja uma ficada, que seja com alguém que eu ache interessante em algum aspecto! Me deixem em paz. - Esbravejava Cristiano, já irritado com as cobranças.

Acontece que, Flávia, uma menina que havia conhecido a bastante tempo, sempre estava procurando por ele na época que ele estava namorando. Ele se aproximou dela, certa vez que o namoro entrou em crise, mas era apenas para conversar mesmo, ele não tinha outras intenções com ela... Nesse período, ela chegou a dar um "beijo roubado" nele, o que deixou assustado por ela saber que ele era apaixonado pela namorada e mesmo assim ela insistia. Era como se estivesse se contentando com migalhas e se aproveitando de um momento que ele estava frágil.

Para evitar problemas, ele se afastou de Flávia por um bom tempo. Porém, quando ela soube que ele estava solteiro, voltou a atacá-lo com mil ligações, SMS's e convites para sair. 
Na primeira saída, ela agiu mesmo como amiga. Falou do trabalho, da vida, de um rolo que estava tendo... A conversa foi agradável e sem nada além do que conversa.

Duas semanas depois, mais uma vez ela apareceu para fazer um novo convite:
- Passa aqui em meu escritório e daqui nos vamos para algum barzinho. Estou precisando conversar... - Disse ela ao amigo, que não viu problema nenhum em ir conversar em plena quarta-feira.
- Que bom que veio! Entra aqui, só vou mandar um email e já vamos! 
- Seu escritório é bem legal, bem decorado, bem arejado... - Dizia Cristiano, olhando os quadros na parede.
- Que bom que gostou, eu mesma escolhi tudo aqui!
- Você tem bom gosto... Esse quadro aqui não é do... - Ele foi interrompido por um mega beijo de Flávia.
Meio sem saber o que fazer, correspondeu o beijo ao mesmo tempo que tentava entender como ela havia chegado tão perto dele sem que ele percebesse. 
As mãos dele, procuravam abraçar Flávia, mas a cabeça dele ainda estava pensando na situação inusitada e quando finalmente ele conseguiu abraça-la... ela se afastou brutalmente.
- Então... gostou mesmo daqui? - Indagou ela como se nada tivesse acontecido.
- Gostei, sim. Muito legal... Então, o que vamos fazer?
- Acho que vou pra casa, estou cansada.
- Peraí... não íamos sair, você não queria conversar?
- Na verdade, queria te ver...Mas, ainda estou apaixonada pelo meu ex.

Cristiano, assustado e surpreso apenas bota pra fora o que já havia concluído:
- Então, é isso? Eu venho, você me beija e pronto?
- Isso... o que você quer?
- Eu vim aqui na maior inocência conversar... você que me atacou!
- Sim, eu queria, mas não consigo!
- E quem disse que eu queria?! Já que estamos aqui a sós, eu deveria te atacar?!

Percebendo que já estava sendo grosso, resolveu encurtar a conversa e concordou que cada um deveria ir para suas respetivas casas.
Saiu pensando que poderia ter sido diferente: "Será que ela queria que eu insistisse em ficar com ela? Será que devo voltar e tentar? Será que podemos dar certo?"
Mas logo percebeu que, se aquele beijo foi vazio, todo o resto também seria. Comprou um sorvete, o qual estava muito mais gostoso do que o beijo e foi pra casa, ver jogo pela TV.

Mary Jane

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

A conselheira


Cansada após caminhar horas a fio, a menina resolve sentar na areia e apreciar o vai e vem das ondas. Costumava fazer isso sempre que possível, quando era menos ocupada. A temperatura amena, o vento no seu rosto, o som de carros misturadas com as ondas do mar, o céu claro com uma lua linda lhe iluminando... O que mais faltava nessa cena? Faltava ela, a alma dessa menina, que teimava em vagar por pensamentos meio atordoados, que lembrava de cada frase jogadas para ela que a afetavam de uma forma inexplicável, que voltava no tempo para lembrar de acontecimentos e tentar recordar como era feliz... E junto com essa confusão toda, vinham suas lágrimas... Lágrimas que saltavam dos seus olhos lhe fazendo doer a garganta e que pingavam, se perdendo na areia.
Sua cabeça trabalhava de uma forma intensa e a dor de cabeça constante lhe fazia querer pular dentro do mar e deixar as ondas a levarem para qualquer lugar que tivesse paz. Mil perguntas sem respostas, mil acontecimentos sem explicação, mil pessoas que estavam ao seu redor dias atrás que simplesmente esqueciam subitamente de sua existência...

- E se eu sumir, será que alguém sentirá minha falta? - Questionava ela ao lindo luar.

- Claro que sim! - Uma voz a respondeu...
Por um momento ela achou que estivesse louca e apenas com o olhar tentou avistar se havia alguém ao seu redor. E ali estava, uma senhora de cabelos curtos e bem brancos, um pouco acima do peso e com dificuldade de sentar na areia ao seu lado... A menina apenas observou e quando finalmente a senhora conseguiu se acomodar, continuou:

- Fia, todos nós temos nossa importância nesse mundo. Ninguém veio a toa, nada acontece a toa. Passamos por momentos ruins em nossas vidas, que devemos usá-los como exemplos e seguir sempre em frente. Nada pode nos parar quando realmente queremos algo, nada que você queira fazer pode ser considerado besteira, ainda mais se for uma vontade ou um sonho seu. O que te causa dor, para mim pode ser algo normal, o mundo dá voltas e sempre há tempo de se arrepender e começar de novo, perdoar é algo que acalma o coração e você só terá em sua vida quem realmente se importa com você.

Sem entender quem era tal senhora e o que ela estava tentando fazer, em um tom nada amigável, questionou:

- Desculpe, senhora... Mas não lhe conheço. O que quis dizer com esse monte de frases soltas?
- Quis dizer tudo aquilo que você precisa acreditar. Sei que já ouviu várias vezes, mas se não acredita, de que adianta?
- A senhora não sabe o que é minha vida...
- Não sei mesmo, mas tenho idade para ser sua avó e tenho autoridade para te dar conselhos.
- Como pode dar conselhos sem saber de nada?! É algum tipo de vidente?

A senhora apenas sorriu, com os lábios e com os olhos, olhando para a menina com aquela calma que vem da alma. Olhou para o mar, respirou fundo e ficou em silêncio por alguns minutos, enquanto a menina continuava chorando e soluçando.

- Já tive sua idade, fia... Eu sei que as vezes parece que tudo tá errado e que a vida só anda para trás, mas acredite, você precisa passar por tudo que está passando. Você ainda vai tirar proveito de tudo, seja para ter força e seguir em frente, seja para não querer mais passar por essa situação e ter mais forças ou seja para consolar uma menina linda e jovem que acha que nada mais tem jeito. Eu sou uma desconhecida, mas sei o que estou falando. Levanta essa cabeça e siga em frente!
- Pq tudo tem que ser tão difícil? As pessoas só me sacaneiam sempre! Eu tento ser legal, fazer o correto... Sou uma pessoa correta, com tudo! Pq Deus é tão injusto comigo? Pq me dá as coisas que eu preciso para viver bem e depois de pouco tempo tira, sem que eu possa fazer nada?! Eu posso contar aqui pra você agora os momentos que fui feliz e... - Ela não conseguiu mais falar, o choro não deixava.
- Coloque pra fora fia, seja chorando, seja brigando comigo, seja escrevendo... Mas não guarde nada que não vá te fazer bem.

A menina então resolve parar de brigar e abraça a desconhecida senhora, que consola seu choro apenas passando a mão em seus cabelos e a abraçando firme. A menina encontra na senhora, um aconchego, o qual ainda era desconhecido por ela. Aquela briga interna, o medo de se mostrar frágil, acabou nos braços de uma desconhecida e apesar de tudo, ela sentiu paz. Secou os olhos, olhou para a senhora e segurando suas mãos, agradeceu.

- Não sei seu nome, nem de onde veio e nem pq veio até mim, mas... Obrigada!

A senhora mais uma vez riu, com os lábios cerrados...

- Todos nós precisamos ter um porto para a hora de nossas angústias e eu tenho certeza que vc tem esse porto, tem esse alguém que se preocupa com vc, que pergunta se vc se alimentou, que por uma foto ou de ouvir sua voz no telefone sabe que vc não está bem... Isso as vezes assusta, né fia? Mas, seja esse alguém quem for e aconteça o que tenha acontecido, volte para seu porto.
- E se esse porto não quiser mais me receber, como eu faço?
- O seu porto sempre vai querer te receber... Basta saber se vc quer ser aceita. Tenho que ir embora, fia. Me promete que vai ficar bem?
- Cedo ou tarde, irei... No final tudo dá certo.

A senhora se levantou com dificuldade e foi caminhando vagarosamente. A menina a acompanhou com os olhos até onde pode e depois, resolveu levantar dali e seguir sua vida, esperando o dia em que tudo dê certo. 


Mary Jane

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Tchau, Janeiro!

Nossa, esse mês foi enorme! Muito longo! E minha agenda de compromissos lotada! Muito tempo que eu não fazia tanta coisa em um único mês...
Na verdade, o agito começou nos últimos dias de Dezembro e eu estava aqui tentando lembrar de tudo que fiz para fazer um comparativo no final de fevereiro.
Visitei a Ilha de Paquetá (2 dias), conheci o Parque Lage, conheci a Confeitaria Colombo, visitei a Árvore da Lagoa, fui a uma night e saí só às 6:30 da manhã, trabalhei um final de semana todo (depois de ter trabalhado a semana toda e trabalhei a semana seguinte até sexta), conheci a clínica de uma amiga (a realização de um sonho dela), conheci o Mirante do Leblon, fui ao teatro, ao cinema, me viciei em Stabucks, Parque Lage de novo, uma tarde inteira jogando baralho, os calos nas pontas dos dedos de tocar violão estão de volta, baixo Méier, novas amizades, renovação das amizades, novos restaurantes, 1km mais rápido (novo record! Yeahh!), academia (praticamente sem faltas), 2 corridas de 5km na mesma semana e ontem, mais uma night... Tanto que era pra ter postado esse texto ontem e não deu tempo.
E ainda faltou fazer um bocado de coisa! 
Para quem trabalha bem longe de casa de segunda sexta, pega muito engarrafamento, não dirige e após o trabalho ainda vai à academia todos os dias, acho que estou bem, né?!
Que fevereiro seja ainda maior e que venha com surpresas cada vez mais agradáveis!