quarta-feira, 24 de abril de 2013

23/04/2013







 
Hoje é dia do Guerreiro, São Jorge. Desde de a meia noite, muitos fogos e clarões na janela do meu quarto. Sempre gostei muito desse dia, é feriado aqui no Rio e eu sempre trabalho. Não sou devota do santo, mas sempre uso uma blusa vermelha nesse dia e sempre lembro que assim como ele, sempre fui uma guerreira em tudo na vida. Já passei por muitas coisas, muitas provas de fogo e sobrevivi a todas elas. Acredito que a dor da perda de entes queridos foram as maiores provas de fogo que já passei até hoje... Em meus plenos 30 anos de idade, já perdi muita gente, até pq eu sou a caçula da família, quando eu nasci, muitos já tinham uma idade avançada. Perder essas pessoas doeu e ainda dói d+... A idéia de nunca mais é cortante... Mas ao mesmo tempo, sempre acreditei que de uma forma ou de outra, eles estão presentes em minha vida me guiando e me dando a mão para levantar de todos os tombos. Por isso, sempre me senti uma guerreira!
 

Mas hoje, em pleno dia do Guerreiro, acordei derrotada. O relógio despertou, eu sentei na cama e achei que era um sonho, ou melhor, um pesadelo... Mas não era. Estava acordando no primeiro dia sem o meu amor. Meu travesseiro ainda estava molhado das minhas lágrimas, mal reconheci meu rosto no espelho... Olhos inchados, olheiras... O pior de tudo é que tudo na minha casa me lembra o meu amor. Menos de 3 meses atrás, estávamos ali, vivendo uns dos melhores momentos de minha vida.
 

Meu amor veio passar o réveillon comigo e os primeiros dias de Janeiro, ficou lá em casa. Chegar em casa depois do trabalho e poder olhar nos seus olhos e falar “oi, tudo bem? Como foi seu dia?” era mágico, revigorante e cada tarde que isso acontecia, mais certeza eu tinha que passaria por cima de tudo para que assim fosse para o resto da minha vida. Beijos escondidos, conversa simples, assistir novela no mesmo sofá, ouvir a água no chuveiro e saber que era você que estava lá... Coisas pequenas que casais vivem, mas que a distância ainda não tinha permitido que nós pudéssemos viver, estava finalmente acontecendo. Minha família toda te conheceu e todos adoraram você, suas histórias, seu sorriso... e eu, toda boba olhando tudo isso e pensando: “Meu Deus, como é bom essa felicidade plena que sinto... Como é bom ter encontrado a minha alma gêmea.”. Tudo foi mágico. No momento de sua partida, chorei... pq sabia que a saudade ia apertar muito, mas a certeza que era só um “até logo” me fez continuar caminhando.
 

Novos planos foram feitos... A data do novo e definitivo encontro foi feita. A felicidade mal cabia no meu peito! Tava quase tudo certo e sua vinda justamente no meu aniversário foi o maior motivador para querer um festão! Isso, tem exatamente um mês.

Mas, as coisas mudaram... você, não veio. Fiz a festa e todos gostaram d+, mas meu olhar o tempo todo procurava você. Foi ruim ter que esconder a tristeza e ao apagar as velas, pedi que pudesse ter outra festa daquela, mas com a parte que estava faltando, a outra metade do meu coração.
De lá até ontem, eu lutei, chorei, rompi barreiras, gritei para todos o quanto te amo e que nenhum sacrifício do mundo seria impossível se fosse necessário, para te ter ao meu lado.
Mas, de nada adiantou. Você me deixou. Tô perdida, arrasada, devastada, sem chão, sem vontade de viver... Dizem que isso tudo vai passar, mas eu sinto que não vai. Sinto que o resto dos meus dias serão apenas lembranças de uma vida que vivi e deixei escapar entre meus dedos.

Não sei o que vou fazer da vida, não sei o que vou fazer com esse amor todo aqui dentro do meu peito. Não sei se sobreviverei desse jeito... São 3 dias sem conseguir comer, sem conseguir pensar em outra coisa, sem conseguir me concentrar... Não sei se quero sobreviver. Por várias vezes eu disse e aqui escrevi que você é o ar que eu respiro... Como viver sem ar?

Sinto dores no corpo e na alma...

Meu São Jorge, me ajuda de alguma forma. Eu imploro que me tire esse sofrimento, seja como for.

Meu amor, me desculpe por meus erros... Se errei, foi sem querer.
Te amo...


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